1ª. Questão
A evolução da escola do século XX ao século XXI
A escola do passado começou com poucos alunos ao redor do professor, sem quadro-negro, sem livros. Muitos longos anos após, o professor tutor continuava a ser o centro, conhecia determinado assunto e possuía uma habilidade inata ou adquirida para usar sua fala, seu quadro-negro, sua memória, e assim transmitia seu conhecimento aos alunos.
Desta forma, para esse professor, a grande evolução foi o quadro-negro. Sim, o quadro-negro, e depois, com a imprensa e a biblioteca, ampliou o número de alunos para algumas dezenas e, posteriormente, com o microfone, ampliou para até centenas.
O rádio e a televisão permitiram ampliar e a informática permitiu a aula interativa para milhões de alunos. Além disso, foram as modernas técnicas de programação visual que transformaram o quadro-negro em um monitor em que as imagens se movem, adquirem três dimensões, penetram nos objetos estudados, jogam com o imaginário de cada aluno, portanto, a educação demorou a mudar, mas nos últimos anos mudou com muita rapidez.
Abordagem Tradicional: Relação Professor X Aluno X conhecimento: Esta relação é vertical e o mestre ocupa o centro de todo o processo, cumprindo objetivos selecionados pela escola e pela sociedade. O professor comanda todas as ações da sala de aula e sua postura está intimamente ligada à transmissão de conteúdos. Ao aluno, neste contexto, era reservado o direito de aprender sem qualquer questionamento, através da repetição e automatização de forma racional.
O professor do século XXI continuará o centro do processo pedagógico, agora para dezenas de alunos e até para alunos espalhados pelo mundo inteiro; é a Educação à Distância. Porém, o grande desafio da educação contemporânea é formar o professor ou inventar um novo tipo de professor.
Por causa dos equipamentos já disponíveis, o professor terá de reformar-se, reinventar-se. E para ser um bom professor ele precisará ser capaz de oferecer o máximo de recursos a seus alunos. Da mesma maneira que não se imaginava, no século XX, um professor sem quadro-negro, no século XXI não se pode admitir um professor que não disponha, nem se beneficie dos recursos modernos que facilitam o aprendizado, como televisão, computador, dvd, programação visual, informática. O professor dos próximos anos terá de se adaptar à evolução que está ocorrendo nos equipamentos pedagógicos.
Abordagem Sócio-Cultural - Relação Professor X Aluno X conhecimento: A relação é horizontal, professor e aluno aprendem juntos em atividades diárias. Neste processo, o professor deverá estar engajado em um trabalho transformador procurando levar o aluno à consciência, desmistificando a ideologia dominante, valorizando a linguagem e a cultura.
Nesta abordagem, o diálogo marca a participação dos alunos juntamente com os professores. Os alunos são parte do processo de aprendizagem que procura enfatizar a cooperação e o trabalho coletivo na resolução dos problemas sociais.
No século XXI o professor deverá lidar com alguns desafios e dentre eles os novos equipamentos, a dinâmica de evolução no conteúdo e a formação pedagógica permanente e os alunos são ou serão viciados nos monitores da televisão e dos computadores, com a ausência das famílias e a presença da mídia.
O aluno desse século traz consigo muita informação, porque o saber ocorre dentro da escola, com o professor, e fora dela, com a mídia. E geralmente um não colabora muito com o outro, ao contrário, eles se opõem, negam-se, com a mídia disseminando ou dizimando o que o professor ensina.
As famílias também mudaram: as mães trabalham fora, os avôs viraram pais, os irmãos estão isolados nas ruas, nos videogames, às vezes no crime, os vizinhos são desconhecidos e muitas vezes desconfiados. (E o pai?), quando tem é responsável pelo sustento.
O desafio deste século será os novos equipamentos, a dinâmica do conhecimento, a presença da mídia, a ausência da família.
O professor terá que ser melhor recompensado, remunerado, porque para ter um bom professor, vai ser preciso atrair profissionais que não apenas conhecem suas disciplinas, mas que também sabem utilizar com facilidade todas as técnicas de programação visual e conhecimento de outros profissionais da área da informática. O professor será cobrado não apenas por sua formação, seu aprendizado permanente e continuado de sua área, mas também por sua dedicação ao magistério. A remuneração e a recompensa ao professor não deverá considerar apenas os diplomas conquistados, porque estes terão prazo de validade, mas também nos resultados obtidos, na avaliação do aprendizado de seus alunos (ENEM, Prova Brasil e outros).
A escola do século XXI terá que ter um sofisticado conjunto de equipamentos de teleinformática à disposição do professor e o Governo precisará necessariamente manter um sistema permanente de formação para os professores, para atualizar tanto o conteúdo de suas disciplinas, quanto as novas técnicas pedagógicas e a formação deverá ser permanente, continuada, diária; assim é preciso criar um projeto para que os professores disponham de tempo integral, por algumas semanas ou meses, a cada ano, para sua dupla atualização: na disciplina que ensina e nas técnicas de ensino.
2ª. Questão
Trocando idéias com a superequipe ROSA:
Mudanças no planejamento, motivação e atitudes (cotidiano escolar)
Planejar aulas mais atraentes e diversificadas (músicas, vídeos, jogos, etc) com mais dinâmica, fazendo com que os alunos participem.
Antes de começar um conteúdo, um novo assunto, fazer uma introdução e pedir para os alunos pesquisarem sobre o assunto. Na aula seguinte fazer perguntas e através delas construir a aula.
Usar menos o quadro e utilizar mais cartazes coloridos, com desenhos ou figuras, sala informatizada, projetor, documentários, músicas, etc.
Fazer atividades criativas, nas quais o aluno coloque em prática aquilo que aprendeu, como entrevistas com membros da família e amigos, desenhos, teatro, paródia, história em quadrinhos. Fazer trabalhos em grupo na classe e fora dela para promover a interação dos membros da classe, tornando o ambiente amigável e cooperativo.
Motivação e planejamento
A falta de motivação gera problemas em sala de aula, como falta de atenção e de interesse, agitação, conversas, falta de respeito, apatia e até violência.
Mas o que causa a falta de motivação? A principal influência do aluno é sua família e se esta não o motiva, torna-se difícil para o professor resolver o problema.
Muitas vezes, com mudanças na prática pedagógica, é possível atingir um número maior de alunos, mas em alguns casos, a ajuda do professor não fará efeito.
Para que o aluno se sinta motivado, ele precisa ver sentido no que aprende, precisa perceber que aquelas informações serão úteis à sua vida.
Além disso, o aluno tem que ser o ator no processo de aprendizagem; ele tem que mostrar o que sabe e poder fazer questionamentos, criar, demonstrar o conhecimento adquirido e não apenas receber informações, que muitas vezes parecem sem sentido.
É necessário também valorizarmos o planejamento. No inicio do ano letivo, elaboramos o planejamento anual, que acaba muitas vezes esquecido em alguma gaveta. Esse planejamento deve ser revisto periodicamente, para que possamos perceber se os objetivos que pretendíamos alcançar foram realmente alcançados e, se isso não ocorreu, temos que identificar as causas para, então, tentarmos solucionar o problema. O planejamento deve ser uma prática constante: planejar, observar os resultados obtidos, identificar causas para as falhas encontradas e replanejar através de uma nova abordagem. Seguindo estes passos, com certeza, nossa prática tornar-se-á mais fácil e conseguiremos alcançar resultados positivos.
Mudanças no planejamento, motivação e atitudes
Dentro do ensino da matemática , muita coisa já mudou. É claro que não há como abrir mão totalmente da aula dialogada, da explicação, do quadro e pincel.
O planejamento vem mudando, fazendo o aluno ligar a teoria à prática. Aliar estes dois elementos é a grande jogada. Sempre que possível, utilizar materiais manuseáveis geralmente trazem bons resultados.
Aulas planejadas com recursos, tais como imagens, projeções, jogos e desafios são também sempre atraentes e bem aceitas.
Acreditamos que o mais difícil em toda essa evolução e mudanças na escola é o professor se desvencilhar daquela rotina de conforto, onde ele mantém a disciplina.
Aprendemos muito no último curso de capacitação (GESTAR). As aulas que fogem à linearidade, podem, muitas vezes, ser bastante produtivas, como também podem ser um total fracasso. Mas é aí, neste exato momento, que há o crescimento do professor, quando ele percebe quais são os caminhos, aprende com os erros e toma novos rumos.
Angústias, motivação e atitudes
Sabemos que este é um caminho sem volta, mas estamos vivendo a chamada terceira revolução industrial ou terceira onda de desenvolvimento e estamos cometendo os mesmos erros da primeira: a desvalorização do ser humano, o pensar só em si e tirar o maior lucro possível de tudo. Desculpem o pessimismo, mas o bate papo com o aluno onde você pode de fato olhar dentro dos olhos, apertar sua mão e até abraçá-lo, faz muita falta.
Afeto, amor e carinho são, na minha opinião, tão importantes como a evolução tecnológica. Temos o mesmo currículo usado na ditadura militar e em uma sala de aula com 36, 37 e, as vezes, 40 alunos, não dá nem para conversar. Toda a atenção que eles não têm em casa perpetua-se na escola e a realidade atual nos apresenta um grande desafio: viver num mundo de desenvolvimento acelerado sem esquecer que estamos lidando com seres humanos. Por isso a necessidade cada vez maior de profissionais qualificados e que realmente gostem da profissão “professor”.
Motivação e atitudes
Parece óbvio e, as vezes, repetitivo o fato de que é necessário despertar no aluno o interesse pelo novo, mas levantamos esta questão porque infelizmente ainda é comum em nosso cotidiano nos depararmos com práticas pedagógicas tradicionais e ultrapassadas que nós ou nossos pais estudavam, quando uma série de tecnologias de informação e comunicação estão a nossa volta e surgiram justamente para nos auxiliar nesse desafio, o de despertar o interesse do aluno em aprender.
Sabemos também que muitos professores já utilizam estratégias diferenciadas e que fazem muita diferença no processo ensino aprendizagem. Pensando nesses professores, podemos concluir que muitas mudanças já ocorreram, mas, por outro lado, lembrando daqueles que ainda não perceberam a necessidade dessa mudança, concluímos que muito ainda precisa ser discutido e revisto.
Sabemos que muitos são os desafios de nossa profissão, mas resta ao professor assumir seu papel e vivenciar as transformações diárias de forma a beneficiar suas ações e poder assim auxiliar seu aluno na construção do conhecimento.
Enfim, concluímos que não há receita definitiva e aplicável a todos os casos e escolas, devendo sempre o professor considerar as particularidades da comunidade e, especialmente dos alunos e, utilizando os meios, ferramentas e conhecimento disponíveis, aplicar a didática que lhe convier mais adequada a situação, buscando a empatia e afinidade entre educar e aprender e, enquanto o poder público não recompensar adequadamente o professor e disponibilizar a estrutura desejada, devemos fazer a nossa parte, educando e possibilitando uma vida cada vez melhor aos nosso alunos.
Ainda não terminou pessoal falta a complementação.....
Faça uma auto avaliação e pontue a evolução que houve no seu planejamento e no seu fazer pedagógico. (20 minutos)